quarta-feira, 24 de março de 2010

quando “não me importo” está na mesma frase que “foda-se”.

Combinei de fazer um trabalho em dupla, passei boa parte da madrugada terminando minha parte, cheguei à faculdade e minha dupla afirma que não fez nada porque optou por dormir. Decidi colocar apenas meu nome e expliquei que fiz o trabalho sozinha, portanto o esforço foi apenas meu e não tem justificativa colocar o nome da outra componente aí é quando escuto que essa atitude é de gente injusta e “sacana”. Não discuti, dei de ombros e falei baixinho: “foda-se, não me importa o que você acha de mim.”

Em um sábado, desses que a gente sai apenas com o intuito de beber uma cerveja sem esperar muita coisa da noite, encontrei um amigo do meu ex-namorado na porta do banheiro do bar. Cumprimentos a parte, o muy amigo me informa que o meu ex está “solteirão”. Dei um sorriso amarelo e engoli seco - por pouco não perguntei o que o levou a achar que isso fosse me interessar. Voltei pra mesa, dei um gole na cerveja e pensei: “foda-se o estado civil dele porque não me importa.”

Essas e outras situações, que passamos no dia-a-dia, são como testes. Quando percebemos que não nos importamos, ficamos surpresos e pensamos o quanto é engraçado causar indiferença situações que, supostamente, deveriam nos incomodar.
Quando eu estava voltando para casa cansada em uma tarde chuvosa, o pensamento que martelava era: “será que realmente as coisas estão tão bem resolvidas assim dentro de mim?”.


Após alguns minutos, cheguei à conclusão que, foda-se, esse questionamento não faz diferença porque nada disso parece me importar.

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