terça-feira, 11 de maio de 2010

para aquela que tem dois enês no nome


Há três anos, escrevi para ela que a mesma não pode ser caracterizada por palavras, pensamentos e sim, pela ausência deles, pois ela é feita da mesma matéria que são feitos os devaneios, os delírios, as loucuras. Hoje, ratifico tudo que foi escrito e acrescento que poucas amizades não se deterioram. Algumas pessoas conseguem deixar marcas irremovíveis tão profundas que se agitam, de uma maneira tão frenética, que me pego sorrindo por saber que ela é uma certeza minha. Eu poderia descrever momentos, viagens, internas, tristezas, dúvidas, almoços na quarta-feira, noites de bebedeira, arrependimentos compartilhados. Eu poderia descrever o que fizemos ao subir no palco do maior festival de rock da cidade; certo show em novembro que até hoje rende comentários, mas só a gente sabe o que, realmente, aconteceu ou a noite que ela me salvou em um pub. Todas as descrições seriam insuficientes perto do que ela me ensinou e vai ensinar.

Daqui a um mês, a aniversariante de amanhã vai me abandonar por seis meses, pois vai trocar o calor e caos de Recife pela maior cidade daquele país da bandeira branca e vermelha que tem uma folha no centro. O que me consola é a certeza de que vai ser uma experiência incrível e dará mais felicidade à alma dela.

Pra ela, aquela que tem dois enês no nome: quero desejar desde já muita luz, lucidez e pequenas doses de loucura escorrendo nas veias. A energia solar - prefiro chamar assim porque é tão forte, radiante e nunca se acaba - que você transmite pra quem está próximo, vai ser disseminada, não me restam dúvidas. Voe. Ás vezes em vez de vôo vem à queda, mas não se preocupe quanto a isso, se acontecer vou estar aqui pra tirar você do chão.
Parafraseando Caio Fernando Abreu: “Eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você.”

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