segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

QUE SE FODA!


Que se foda! Já está tudo fodido como sempre. Porquê será a vida assim, e o caminho tão rigoroso? Estou cansada de tudo isso. Estou cansada de mim, estou cansada das pessoas, dos sentimentos, de respirar, de comer, de ter que sorrir, to cansada de viver essa vidinha de merda e ter que me conformar com toda essa podridão. Chafurdem na lama agora, com todos esses momentos que não nos servem de nada, toda essa esperança infantil, todas essas coisas demasiadamente bonitas e alegres. Nada é assim, nada funciona dessa forma. Devemos nos acostumar a esse caos que vivemos, porque ele sim é a pura realidade. Vamos deixar os amores pros contos, que lá sim eles são bem representados, porque aqui e agora é uma coisa que não está, e nem n-u-n-c-a vai funcionar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

disseminando paulo leminski.

          A obra de Paulo Leminski é tão incrível que sinto prazer em disseminá-la e, como ter frases nas portas do guarda-roupa e a pele marcada é insuficiente resolvi compartilhar por aqui também:













quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

eu não quero ter alzheimer.


Dizem que a memória humana é uma máquina de tirar retratos e nesses últimos dias eu tirei a foto mais bonita: você com o braço esquerdo no meu ombro, de frente para o mar, ansiando em ver uma estrela-cadente no céu enquanto tocava Vienen Bajando. Até que você viu três estrelas-cadentes. Eu não tive a mesma sorte. Não sei qual foi o pedido que você fez, mas eu pediria que você não tirasse mais o braço do meu ombro.

Lembro quantos sentimentos bons eu senti quando vi você tocar Island in the Sun pela primeira vez. Eu nunca te disse, mas relembrar esse momento é a cura do meu tédio. Penso que para guardar todas as imagens bonitas que tenho registrado mentalmente até agora - como você correndo na chuva de peito estufado e jogando dominó com o sorriso sonolento mais bonito que já vi - eu preciso comprar um álbum de fotografias do tamanho do estádio do Sport. Ou torcer para nunca ter Alzheimer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vício.




E agora, bem devagar você sussurra no meu ouvido: “Let’s defrost, in a romantic mist. Let’s get crossed off everybody’s list, to celebrate this night we found each other. Let’s get lost.” E girando a cabeça quase que imediatamente eu respondo: já estou.