domingo, 30 de dezembro de 2012

You say stop but I say go, go, go


Escrever para mim sempre significou despejar minhas angústias. 2012 foi o ano que menos escrevi. O que me faz deduzir que minhas angústias foram minimizadas ou controladas. Pudera: neste ano realizei vários sonhos. Passei um tempo vivendo uma cultura que eu sempre achei encantadora.
Difícil descrever a sensação maravilhosa que é passear no rio Tâmisa, sozinha, numa Londres ensolarada. Testemunhar o yellow submarine que os Beatles tanto falavam na cidade deles. Ver casais de velhinhos tatuados e emocionados cantando New Order e Blur juntos comigo no Hyde Park. Visitar a casa que um dia já foi de Anne Frank e constatar que ela vivia mais miseravelmente do que eu imaginava. Conclui que Dublin foi o lugar mais lindo que já vi enquanto chove. Memórias bonitas traduzidas em fotografia.
O ano em que não precisei fazer esforço para ver Paul McCartney porque ele tocou na minha cidade não tinha como ser ruim.
Que 2013 nos traga mais coragem, menos problemas, mais pessoas úteis e amigas nas nossas vidas, menos interesses, mais sonhos, menos melancolia, mais lugares que nos tiram o fôlego, mais vontade de continuar vivo, mais vontade de ficar perdido por esquinas desconhecidas.


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